Passagem pelo submundo
- Adriano Porto
- 26 de mar.
- 1 min de leitura
Quem aprendeu a caminhar no umbral, sabe encontrar a saída!
Das profundezas do mar escuro brotam dores que na linha espiral do tempo foram recolhidas.
No escuro esquecido, sentimentos foram congelados para que a existência pudesse continuar. “Protegei-a” diz o Ego.
Apesar de aparentemente calmo, as profundezas guardam movimentos intensos de ruptura, “queremos emergir”, dizem.
O Todo que tudo sabe se alinha em conjunção cósmica, a Luz da Lua ilumina o submundo. Comportas se abrem, degelo é jorro.
O corpo ri, chora, dança e sente a onda, não é possível reprimir o movimento.
Sinapses neurais levam para mais fundo, todo sistema bioenergético colapsa.
É preciso morrer para viver, diz uma Força.
Na mente, a lembrança de dançar com a vida, tudo vem e tudo vai.
O escuro envolve, é preciso ir mais fundo: "O escuro é seguro minha filha amada."
Relaxo e pacientemente aguardo a chegada dela, sua presença chega envolvente e misteriosa, é Mamãe Serpente sedutora e luminosa que me mostra a direção.
Confia, criança sorri!

vivências de
Mãe Vânia de Xangô
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